"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo" - Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cartas de Letras: Sueli Sanchez e Sheila Renella




São Paulo 30 de Agosto de 2012
Carta para o rei de Portugal


Majestade não escrevi antes, porque o serviço de correio era muito demorado!
Hoje temos o sedex, e em algumas horinhas, estará recebendo esse meu relato.
Através desta venho trazer notícias de nossa terra velha de guerra.
Estou expondo o que vi, e como vivemos nessa terra.

Para irmos até Portugal, acredite é um pulinho, Temos o Boeing da TAM, que nos leva rapidinho.
Majestade, diga ao Senhor Pero Vaz, que as tais das ervas compridas, se alastram quase sem fim, mas para nós veja só, esse negócio nada mais é que capim.

As aves que fura bucho, que ele disse pra ti, para nós só pode ser um pequeno Bentevi, ou se eu muito me engano, pode até ser um Tucano.
As terras que temos aqui, é muito fácil medir, não é como Pero Vaz, que andou léguas tentando, hoje temos aparelhos muito bem sofisticados,  também no computador, temos a nosso favor o famoso Google Hart, não demoramos nadinha, nem perdemos horas pensando, tem que ver é uma Arte!

Nossas praias são tão cheias temos que fazer reserva, acho que iria gostar ver tanta gente nesta terra,
Como vê é bem difícil, encontrar praias desertas.
O Sr conheceu caravelas, empurradas pelo vento, podia ver nossas lanchas o deixaria ao contento,
São velozes e muito lindas sempre na frente chegando, mas para não o constranger, temos também nossas pranchas, que comparadas as caravelas, ia preferir garanto!

No seu tempo Majestade, os índios andavam nus, No nosso tempo não conheço, podem existir alguns,
Mas é bem escondidinho, os índios que vivem aqui, vestem roupas os danadinhos.
Arco e Flecha é um objeto que virou decoração, hoje eles usam revolver para a sua proteção.
Viu como estão modernos? Tem livre expressão no falar, usam o computador, internet e celular.

Usavam o beiço furado ainda podia relevar, mas está tudo perdido o Sr não vai aguentar,
Sabe os vossos cabelos, isso eu me lembro bem, todos usavam cachinhos era moda eu bem sei,
A moda aqui é só uma tanto faz homem ou mulher, qualquer cabelo é lisinho não importa o que vier,
O negócio é porreta, a bichinha é danadinha, por onde passa desenrola, falo da nossa chapinha!

Usavam beiços furados, pinturas e tudo mais, para ornamentar o corpo, achavam lindo demais.
Hoje não é diferente, homem, mulher ou rapaz, usam brincos, tatuagens, pirces e muito mais,
Majestade não se assuste, mas leia um pouco mais, eles estão diferentes e para provar que são homens... Furam as partes fatais.

Ah! Se o Sr majestade pudesse vir até aqui, eu o convidaria para dar uma olhadinha, no famoso baile funk, onde só tem cachorrinhas, Talvez não sobrevivesse, por isso estou pensando, o negócio é muito forte, se não estiver preparado num instante estará voltando.

No falar é parecido, cortesia muito pouco, alguns têm falta de amor, por isso morrem tão moço.
Quanto aos colares e joias, nem perguntam já as toma, nunca podemos sair com ouro por aí afora,
Saiba se vier aqui, eles roubam até tu! 
Por isso seja esperto, prefira sempre as bijus.

Como Pero Vaz falou quanto cobrir as vergonhas, pelo menos era só índios, uma cultura estranha,
Agora perderam de vez, a vergonha majestade! Hoje a maioria usam as roupas pela metade.

Terras com árvores, antigamente era um privilégio de todos, hoje estão se extinguindo até a floresta amazônica, poucos podem desfrutar das frescas de árvores frondosas, está difícil, está um caos, é uma coisa horrorosa!

Termino  essa deixando meus comprimentos a vossa Majestade! 
São Paulo, 30 de Agosto de 2012 quinta feira. S.S.

Texto escrito por: Sueli Sanchez e Sheila Renella

sábado, 24 de novembro de 2012

Cartas de Letras: Francisco das Chagas de Moraes



  
          O Brasil é um país que precisa mudar na segurança, educação e saúde. Os políticos que nos representam não fazem nada e só prometem em época de campanha eleitoral.
O Brasil hoje é o funk que conseguiu de uma maneira forte se firmar como o ritmo mais ouvido e o mais influenciador da juventude, muitas vezes faz apologia as drogas e a violência, por outro lado, tem quem fale da dificuldade da “favela”.
         O Brasil é um pais com riquezas que podem permitir o desenvolvimento e torná-lo uma pátria com menor desigualdade e com este maior desenvolvimento, os brasileiros terão mais condições de melhorarem sua vida onde poderão também, contribuir
para o equilíbrio economicamente. O Brasil tem melhora.
          Nossas escolas precisam de mais segurança, há muita violência junto com a desvalorização dos educadores, mais investimento em infra-estrutura e também na saúde com a situação precária e verdadeiras condições para os mais pobres.

Texto escrito por: Francisco das Chagas de Moraes

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Cartas de Letras: Andrea de Mello




Caro Dom Manoel

          Muitas coisas mudaram cá em vossa colônia desde a nossa última carta. Os nativos são poucos e estão com hábitos bem mudados, nem todos andam nus, alguns cobrem suas vergonhas com roupas bem modernas e até usam sapatos. As tribos que restaram são pequenos e poucos costumes foram preservados, existe entre eles até novas tecnologias como computadores, televisores e até carros.
          As motos também diminuíram, dando lugar a novos empreendimentos  trazendo avanços e formas de novas cidades com indústrias que ao mesmo tempo que trazem desenvolvimento destroem o equilíbrio do meio-ambiente, poluindo rios, matas, dizimando animais e soltando uma fumaça que faz arder nossos olhos e gargantas.
          Existe lá uma mistura de raças que não se encontra em lugar nenhum deste vasto planeta, formando os mais diferentes tipos de pessoas. Somos um povo bel alegre. Uma vez por ano, organizamos uma festa muito bonita que chamamos de Carnaval, onde as pessoas se fantasiam e desfilam em grandes carros todos ornados com figuras gigantescas e coloridas.
          Há muitos ritmos diferentes em todos os cantos desta imensa terra, existe o samba que é o mais popular, o funk, axé, ritmo da Bahia, sertanejo, mpb, enfim, possuímos uma cultura bem eclética.
          As diferenças sociais acentuaram-se e muitas pessoas amontoam-se em favelas ou vivem pelas ruas. Bandidos lotam os presídios de onde continuam a comandar o tráfico de drogas e armas sem nenhuma punição. Existe muita corrupção em todos os setores sociais, herança de vossa época.
          Mas apesar de tudo, o nosso povo resiste bravamente, e o sol e as estrelas ainda tem o brilho mais bonito que em qualquer lugar do planeta.

Texto escrito por: Andrea de Mello

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Nova chance



Pudera eu alcançar onde estás
Pudera eu olhar em Teus olhos e dizer-te: perdoe-me
Pudera eu voltar e Te entregar novos caminhos:
- tudo te entrego, tudo em mim: refaz?
Pudera eu correr longe deles,
forças me faltam e eles me envolvem.
Um por um, os conto, os odeio,
e fugindo, Tu me encontras
então apaga-os,
porque por mim, morreras.
A cada manhã renovas Tua misericórdia,
sabes que pisarei em falso,
e que de novo clamarei em minha prisão,
e estes grilhões só Tu quebrarás
com a força de Tuas mãos.
Incansavelmente Tu falas:
-Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida,
Ao Pai, só por mim chegarás,
tiro tuas dores, limpo tuas feridas,
e a eternidade te prometo dar.
Como diz o profeta em minha Palavra:
-Senhor, Tu não és homem para que mintas.
Mas Pai, dia após dia te prometo ser fiel,
mas falho diante das minhas dores,
esquecendo-me do Teu sofrimento naquele dia,
naquela cruz maldita, sangrando, morrendo,
como disse no 53, em Isaías:
oprimido, afligido e mui ferido,
e de Ti, os rostos escondendo.
Sem beleza, sem formosura,
boa aparência, nenhuma.
Mesmo desprezado,
rejeitado,
castigado,
em trabalhos experimentado,
Dele nenhum caso fizemos,
mas as nossas enfermidades sobre Si tomou,
 
nossos pecados naquela funesta cruz carregou,
sim, mais que tudo nos amou.


E morrendo, morreu por obediência,
ressuscitando, por promessa feita,
dando-nos a Salvação, mas a todos quantos queiram.
E Ele diz: Venha, faça parte da colheita,
Vida nova te darei, tuas dores curarei.


No meu amor, deleita!
Não endureças teu coração ao meu convite, aceita!
Em nenhum outro água viva acharás,
alegria e paz, só Eu posso dar,
por isso agora te convidando estou,
não espere tardar, pois de braços aberto ainda estou a ficar.

Estou te esperando...
e se agora quiseres que eu mude tua vida, 
nova chance te dou, 
então,
pegue a minha mão, e eu serei teu Senhor,
teu Pai, teu amigo e teu Salvador.
E te protegerei, e te cercarei por todos os lados, 
porque em nenhum outro nome há,
pelo qual possamos ser salvos. 
Texto escrito por: Juliana Peixoto

Cartas de Letras: Henrique Gomes do Carmo




Bom dia! Boa tarde! Boa noite!
Tantas saudações pois não sei quando esta carta chegará em suas mãos.
Escrevo esta carta para reportar as grandes mudanças que ocorreram no Brasil depois da sua vinda.
Ainda há muitas pessoas no estado brasileiro que gostam de roubar as poucas propriedades que a classe baixa conquista. Existem diversos ladrões de terno e gravata que dizem que vão melhorar a coisa para o pobre e não fazem nada. Esses ladrões adoram pedir votos, aumentar seus salários e fazer um caixa dois, se é que me entende.
A igualdade social está em um ritmo devagar. Ainda tem muitos com poucos e poucos com muito. Nossa vida, para quem é pobre, não é fácil. Trabalhamos muito e ganhamos pouco.
As belas matas que você tinha visto, não se vê mais, pois o desmatamento para construir habitações está acelerando.
Aqui existem vários estilos musicais com a participação de várias classes sócias. A música que está predominando é o funk,que tem um ritmo envolvente mas, algumas de suas musicas são escritas desprezando a mulher, a tornando uma “mulher da vida”. Tem algumas que fala sobre o crime e, quase todas, fazem apologia a alguma coisa.
Não vou deixar de falar da nossa educação pública que está precária, pois a escola, na maioria das vezes, é ignorada pelo governo que não quer que os alunos tenham uma educação adequada. Mas cada um tem que fazer sua parte nessa história. Os alunos devem perceber que a escola não é parque, que tudo tem sua hora, e a de estudar é a mais importante. Os pais devem dar o apoio necessário aos filhos e também ajudar os professores na parte educacional.
Tem que mudar muitas coisas para a nossa terrinha tomar o caminho certo e, os brasileiros, tem que enxergar com seus próprios olhos.
Vou parando por aqui, qualquer dia vamos tomar um cafezinho para conversarmos melhor. Um abraço com todo respeito de um humilde brasileiro.

Texto escrito por: Henrique Gomes do Carmo

Assessório


Assessório no dedo. Fantasia do mundo inteligível:
A paz, bem primordial em nossas vidas,
Não a connquistamos, com o intuito
De embair quem nos aceraca;
Nascemos para viver, sermos felizes,
Mas também, padecer! conceder nossa
Contribuição, razão social, após, fenecermos!
Custa-nos, caro, felicidade?
Não nos hesitemos de pagá-lo, o preço.
Em felicidade não há preço; entretanto,
Não há pagamento. Deve haver isto sim,
Adesão mútua de valores
Humanos ético, sensíveis,
Respeito pela "raça humana". (Assessório)

Pensamentos:
"Para as pessoas, somos, o que elas acham;
Pior seria se se não estivéssemos acerca da vida
Ou enquento vivemos, tentando saber o que somos".
"Eu não me permito deixar consumir o meu
Precioso tempo com essas verdades:
Estupidez, modismos, marcas", (religiosidade ou pieguice),
Tabacos e outros e drogas afins,
Cujas verdades não as conheçol como tais".

Texto escrito por: Manoel Maria de Oliveira

Cartas de Letras: Cecilia Rodrigues de Carvalho


Baixe perovaz-portinari.jpg (87,9 KB)


Trabalho da disciplina de Literatura Portuguesa – Releitura da Carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal. - Esta Carta foi reescrita com interpretação livre, e baseada (infelizmente) no quanto da política nacional tenho conhecido.

A CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA


Boa tarde Senhor,

Sei que todos têm mandado notícias sobre o que encontramos em nossa viagem.
Não tenho nada a dizer sobre as dificuldades e sim sobe as terras mais magnifícias e que vamos conquistar – certamente!
Saiba que nosso navio se perdeu da frota e perdidos continuamos a viagem.
Chegado o dia 21 de abril vemos, eu e os marinheiros, sinais de terra; árvores e aves ao largo.
No dia seguinte nos deparamos com um monte muito alto e redondo, cercado de serras e planícies, chamamos de Monte Pascoal e Terra da Vera Cruz pelo capitão do barco.
Ancoramos a poucos quilômetros da costa para observarmos a possibilidade de desembarcarmos com segurança. Enviamos botes com poucos homens que retornaram, garantindo nossa chegada.
Ao chegarmos, encontramos homens nús, armados de arcos e flechas.
Pobres coitados; sem cultura os iniciamos na arte da corrupção, trocamos quinquilharias por jóias e artefatos. Há muito mais para saquearmos com a autorização dos mesmos.
Creio, senhor Rei, que é um povo fácil de se comprar e podemos considerar esta terra como nossa, pois, iniciados na política não saberão se defender da corrupção e do suborno
Assino, feliz com as boas notícias.

Texto escrito por: Cecilia Rodrigues de Carvalho